HIPOTIREOIDISMO CANINO



Pode parecer complicado para o Veterinário diagnosticar os cães com Hipotireoidismo pelo fato de ser uma doença que apresenta diversos sinais inespecíficos. Vale a pena lembrar que acomete geralmente cães de meia idade de raças puras e raramente gatos. Dentre as raças mais acometidas estão Setter Irlândes, Chow-Chow, Dobermam Pinscher, Golden Retriever, Shar pei, Schnauzer, Airadale Terrier e Afghan Hound. Com relação a sua descoberta somente em 1950 foram diagnosticados os primeiros cães com Hipotireoidismo e somente em 1979 o primeiro felino. Portanto é de concluir que é uma patologia descoberta recentemente, porém não significa que não existia antes.
O que é a tireóide e qual sua função no organismo?
Bom a tireoide é fisiologicamente uma glândula que se localiza na porção caudal da traquéia, possui dois lobos unidos por uma porção estreita chamada de istmo. A tireóide secreta os hormônios tireoidianos (T4 e T3) e também calcitonina, pois possuem as células foliculares e as parafoliculares ou células C. Para o organismo sintetizar o T4 e T3 necessita da ingestão diária de IODO. O cão necessita diariamente de 15 microgramas por kilo de peso corpóreo por dia e o gato de 100 microgramas por kllo corpóreo. Vale ressaltar que a fonte são os alimentos e para os animais uma ração balanceada é o suficiente. Para os que comercializam filhotes vale ressaltar que suas matrizes (fêmeas) necessitam de 4 vezes mais iodo que uma fêmea não prenhe. 
A função dos hormônios tireoideanos são diversas porém de uma forma geral eles estimulam o aumento do metabolismo, portanto são catabólicos em altas concentrações, e permitem o estímulo do crescimento em jovens. Eles agem em quase todos os tecidos do organismo e como mencionado acima aumentam o metabolismo porque se eleva o consumo de oxigênio pelas mitocôndrias, aumento do consumo de ATP (forma de energia) porque a bomba de sódio e potássio aumenta sua atividade, estimulam o transporte de aminoácidos, entre outros efeitos.


Mas quais efeitos os hormônios tireoideanos causam no organismo?
Vamos dividir por partes pois como dito acima atuam em diversos tecidos, vias metabólicas e órgãos.
EfeIto sobre metabolismo de lipídios e carboidratos : Aumentam todas as etapas do metabolismo, aumentam a captação de glicose pelas células, glicólise, gliconeogênese, velocidade de absorção da glicose pelo trato digestivo, aumentam a mobilização do tecido adiposo e dessa forma aumentando sues níveis plasmáticos livres, aumentam a oxidação de ácidos graxos provocando hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia.
Efeito sobre crescimento e maturação: Como dito os hormônios tireoidianos aumentam o crescimento, principalmente em jovens, por promoverem junto com o hormônio do crescimento (GH) e a insulina a síntese de proteínas, desenvolvimento do SNC e dos ossos. Vale ressaltar que o excesso deste hormônio causa a quebra e não a síntese de proteína. 
Efeitos de termorregulação e calorigênese: Por aumentarem o .consumo de oxigênio e a produção de energia pelas mitocôndrias geram aumento de calor. Sendo assim no hipotireoidismo um sinal comum é a hipotermia pela diminuição do metabolismo basal em até 45%.
Efeitos Cardiovasculares: Os hormônios tireoidianos induzem a produção de miosina que aumenta a contratilidade dos músculos cardíacos, aumentam receptores B adrenérgicos estimulando a um aumento do volume sanguíneo e atividade elétrica gerando em excesso uma hipertrofia cardíaca e arritmias. Fisiologicamente atuam aumentando o rendimento cardíaco por aumento de contratilidade e frequência cardíaca. 
Efeitos Gastrointestinais: Estimulam o apetite, ingestão de alimentos, secreção de enzimas digestivas e motilidade intestinal.
Efeitos Neuromusculares: Desenvolvimento do SNC em jovens. Porém em excesso causam nervosismo e hiperexcitabilidade e na sua falta o contrário como letargia, prostração, e intolerância ao exercício porque a sua falta atua sobre o coração, respiração e musculatura.
Efeitos Endócrinos: Aumentam a secreção da maioria dos hormônios como PTH (paratormônio) e ACTH (adrenocorticotrófico).
Efeitos reprodutivos: Fisiologicamente atuam estimulando a produção de prolactina, FSH e LH nas fêmeas. Porém sua falta causa aborto em fêmeas pela diminuição da progesterona e corpo lúteo. Os sinais no Hipotireoidismo para fêmeas incluem galactorreia, ginecomastia, anestro, cio irregular, infertilidade e aborto. Já em machos ausência de libido, atrofia testicular e infertilidade.
Efeitos dermatológicos: Participam estimulando o ciclo de crescimento dos pêlos e regulação de glicosaminoglicanos da pele. Na ausência ou na falta (Hipotireoidismo) causam alopecia, pele espessada, fria, edemaciada podendo levar a seborreia e piodermite secundária. 
Efeitos hematológicos: Estimulam a produção de eritropoetina que age sobre a produção de hemácias na medula óssea. A sua falta (Hipotireoidismo) consequentemente gera anemia normocítica normocrômica.


Mas enfim o que é, quais são o sinais, diagnóstico e tratamento do Hipotireoidismo?
Vamos lá o Hipotireoidismo é definido como a hipofunção da glândula tireóide que resulta em baixas concentrações plasmáticas de T4 e T3 seus hormônios metabolicamente ativos, sendo que apenas o T3 é realmente assimilado pela célula, pois T4 precisa ser convertido em T3. Existem três tipos de Hipotireoidismo no cão. O primeiro é denominado primário ou linfocítico e em geral é o que mais acomete os cães. Este tipo é causado por uma doença imunomediada, pois o organismo produz anticorpos antitireoglobulina que atacam a glândula tireoide causando tireoidite linfocítica ou atrofia.Já o segundo é denominado Hipotireoidismo secundário que é causado por um problema na glândula Hipófise, é uma pequena glândula com cerca de 1 cm de diâmetro. Aloja-se na sela túrcica ou fossa hipofisária do osso esfenóide na base do cérebro.,que produz TSH, e por sua vez estimula a tireóide a ‘’trabalhar’’ ou seja secretar hormônios. E por fim o terciário que ocorre por falha no eixo hipotálamo-hipófise, geralmente causado por um tumor no Hipotálamo, gerando uma diminuição do TRH e por consequência de TSH que culmina nas baixas concentrações de T4 e T3 pela tireóide. Vale ressaltar que o prognóstico de Hipotireoidismo Secundário e Terciários são bem reservados e a expectativa de vida do cão é bem reduzida.
Independente do tipo de Hipotireoidismo os sinais clínicos são parecidos pois todos levam a diminuição das concentrações T4 e T3 plasmáticos. São sinais inespecíficos e não aparecem todos de uma vez, apenas proprietários atentos vão observar de forma gradativa os sinais. De forma geral os mais comuns são alterações no SNC, como demência, letargia e intolerância a exercício associados a problemas dermatológicos como alopecia e seborreia e ganho de peso sem aumento do consumo de alimento. Porém como citado acima sobre os efeitos dos hormônios tireoidianos no organismo podem acontecer, porém com menos frequência, alterações cardiovasculares, reprodutivas, gastrointestinais e distúrbios oculares.
O diagnóstico não é fácil, porém o bom clínico atento aos sinais clínicos e aos exames laboratoriais não terá dificuldade em chegar a um veredito. Os testes laboratoriais recomendados são dosar a concentração de T4 livre , concentração de TSH e anti tireoglobulina ou anti-TG. Valores de T4 dentro da variação de referência não exclui hipotireoidismo. Em geral valor de T4 abaixo da variação com histórico compatível e sinais clínicos já confirma o Hipotireoidismo. Nenhum teste adicional é necessário. 
Porém nem tudo é simples outras variáveis alteram valores de T4 e podem induzir a falsos positivos como: 1. Flutuação aleatória (valores de T4 podem estar abaixo do normal em 20% das vezes em cães normais), 2. Síndrome do eutireóideo doente. 3. Fármacos como fenobarbital o famoso Gardenal, corticóides, entre outros alteram esse valor. 4. Anticorpos anti T4 podem reagir de forma cruzada.
Pode ser feito um Ultrassom cervical e ficar atento a atrofia da glândula tireóide, porém não é necessário sendo testes laboratoriais os de escolha.
Com relação ao tratamento é bem simples, como ocorre a falta de T4 e T3 ou a diminuição da concentração é indicado repor com hormônio sintético. O mais usado é a Levotiroxina sintética que normaliza as concentrações plasmáticas do hormônio e promove uma vida normal ao cão. O tratamento de distúrbios secundários ao hipotireoidismo como alopecia, seborréia entre outros também é indicado no começo, porém tende a se normalizar assim que o tratamento com hormônios sintéticos é iniciado. 
Infelizmente o tratamento na maioria das vezes é por toda a vida. A dose recomendada é de 0,01 a 0,04 mg/kg a cada 12 ou 24 horas.


Bibliografia consultada:
BARROS, Ciro Moraes; STASI, Luiz Claudio di. Farmacologia Veterinária. Barueri: Manole, 2012.


MACINTIRE, Douglass K. et al. Emergências e cuidados intensivos em Pequenos Animais. Barueri: Manole, 2007
LEAL, Karine Machioro. Hipotireoidismo em Cães. 2014. 39 f. TCC (Graduação) - Curso de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/…/hand…/10183/106588/000944391.pdf…>. Acesso em: 27 nov. 2016

Escrito por Adriano A. Martins
  1. Estudante de Graduação de Medicina Veterinária.→

7 Dicas para reconhecer se os filhotes de sua cadela estão doentes

Certamente se você já viu ou acompanhou um parto e o nascimento de uma ninhada de filhotes sabe que é um momento especial. Os neonatos ou recém nascidos podem apresentar alguns sinais que demonstram que estão doentes e devem ser rapidamente levados a um veterinário para que o suporte e tratamento adequado seja realizado.
Fique atento pois essas são as dicas:
1. Choro Constante. Em geral o neonato chora por no máximo 20 minutos
2. Pouco tônus muscular. Você vai observar que o filhote não consegue caminhar e mamar no teto da mãe. Ou não consegue acompanhar os outros.
3.Mucosas pálidas, acizentadas ou cianóticas. Abra a boca do animal ou retraia a pálpebra inferior e observe a coloração das mucosas. Cores brancas, cinzas ou azuis são anormais.. O ideal é um tom roseado.
4. Dominância flexora. É anormal após 3 dias de vida.
5. Diarréia pode indicar infestação por vermes, parvovirose, intoxificação por leite estragado, ou casos de cinomose que revelam um prognóstico ruim se associado com danos neurológicos, vomito,tosse, rinite, conjutivite e desidratação.
6. Sons intestinais ausentes ou diminuídos.
7. Perda de peso ou deficiência para ganhar peso. Um filhote normal ganha 2 a 3 g de peso por dia.
Se gostou compartilhe!
Referências bibliográficas: MACINTIRE, Douglass K. et al. Emergências e cuidados intensivos em Pequenos Animais. Barueri: Manole, 2007.
Escrito por Adriano A. Martins.
Estudante de Medicina Veterinária.

COMPRA RAÇÃO À GRANEL? SAIBA QUE SEU ANIMAL PODE SE INTOXICAR COM MICOTOXINAS QUE AFETAM DIVERSOS ÓRGÃOS PODENDO LEVAR A CÂNCER!!!

As micotoxinas são metabólitos secundários produzidos por uma variedade de fungos, especialmente por espécies dos gêneros Aspergillus, Fusarium e Penicillium. Casas de rações, pet shops, ou qualquer comércio distribuidor de ração geralmente armazena de forma errada a ração sem se preocupar com higiene, umidade, temperatura, presença de oxigênio, entre outras variáveis. Isso é exatamente o que o fungo necessita para seu crescimento e produção de micotoxinas.
 A contaminação indireta de alimentos e rações ocorre quando um ingrediente qualquer foi previamente contaminado por um fungo toxigênico, e mesmo que o fungo tenha sido eliminado durante o processamento, as micotoxinas ainda permanecerão no produto final. 
A contaminação direta ocorre quando o produto, o alimento ou a ração, se torna contaminado por um fungo toxigênico, com posterior formação de micotoxinas. A maioria dos alimentos e rações pode permitir o crescimento e o desenvolvimento de fungos toxigênicos, tanto durante a produção, quanto durante o processamento, o transporte e o armazenamento. Segundo o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) é considerado irregular o armazenamento de rações à granel pelo fato de representar riscos aos animais. como perda de frescor, odor, sabor, degradação dos nutrientes, perda do prazo de validade, exposição a contaminantes microbiológicos, físicos e químicos, entre outros riscos. 
Vale ressaltar que a presença da micotoxina não depende da presença do fungo. Se uma amostra não apresenta o fungo não se pode descartar a possibilidade da micotoxina estar presente na ração.
O quadro de intoxicação depende da quantidade ingerida, tempo, grau de contaminação, espécie e idade do animal. Os cães, suínos e aves são os mais susceptíveis, portanto, sofrem danos mais graves. Em geral altas quantidades ingeridas em pouco tempo causam quadros agudos levando a hemorragias, edemas, problemas hepáticos, necrose e morte. Já pequenas quantidades ingeridas por longo tempo geram quadros crônicos com alterações subclínicas, difíceis de reconhecer, o animal geralmente apresenta perda de apetite, perda de peso, apatia, episódios de desidratação ou diarréias. 
Porém o perigo da forma crônica está no fato que as micotoxinas principalmente a Aflatoxina produzida pelo Aspergillus flavus possuem efeitos carcinogênicos (induzem ao câncer pois se ligam ao DNA da célula). A aflatoxina B1 pode levar a câncer de fígado, Ocratoxinas a câncer nos rins, Fumonisinas a câncer no esôfago, entre outras micotoxinas.
Alguns donos e proprietários descuidados acabam por contaminar seus próprios animais e condená-los por negligência. Armazenar ração em lugares úmidos, com o saco ou recipiente aberto, locais sem higiene e propensos a baratas, ratos, insetos podem levar ao desenvolvimento de fungos.
Outros agentes podem acometer o animal como a Leptospirose disseminada pela urina do rato. Boas práticas de armazenamento e acondicionamento da ração pode salvar o seu animal de ingerir micotoxinas. Compartilhe o conhecimento e evite comprar rações à granel. Compre rações na embalagem, pois embalagens são feitas com polietileno que consegue reduzir até 70% da umidade e garantir uma ração segura. A partir da conscientização da população e dos cuidados necessários esta prática tende a acabar.
Compartilhe!!! Referências Bibliográficas: Micotoxinas: importância na alimentação e na saúde humana e animal / Francisco das Chagas Oliveira Freire... [et al.] – Fortaleza : Embrapa Agroindústria Tropical, 2007. 48 p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Documentos, 110).
>Escrito por Adriano A. Martins<
>Estudante de Medicina Veterinária<

SEU CÃO OU GATO É ARTEIRO, PULA DE LUGARES ALTOS, PARECE O HOMEM- ARANHA? JÁ OUVIU FALAR EM LESÃO DE NERVOS PERIFÉRICOS?


Alguns cães abusam demais quando estão brincando, se divertindo ou mesmo buscando subir e descer de lugares altos como por exemplo sofá, mesas, elevados. Pode parecer besteira mas para um cão esses lugares são altos sim! Uma cama ‘’box ‘’ por exemplo pode ter 3 vezes a altura de um Pinscher e o mesmo saltar sobre ela. É como se você pessoa mediana de 1,70 cm saltasse um muro de 5 metros e 10 cm. Garanto que se você pular dessa altura certamente irá sentir dores musculares, articulares e podendo até romper nervos periféricos.

*Mas oque são esses nervos periféricos? 


Os nervos periféricos são os mais numerosos nervos ligando o sistema nervoso central, formado pelo cérebro e medula espinhal, localizado ao longo da coluna vertebral, dos diferentes músculos e órgãos do corpo. Eles formam também o sistema nervoso periférico, em oposição ao sistema nervoso central superior. Eles são também nervos motores (dando ordens aos diferentes músculos para se contrair) e sensitivos (transmitindo as sensações da zona do corpo inervado até o sistema nervoso central).

*Bom mas o que acontece com meu cão ou gato se romper, lesar ou sofrer algum trauma nesses nervos?


A resposta é simples, seu cão poderá apresentar paresia ou paralisia, que serão mais ou menos significativos dependendo do grau e da extensão da lesão e do nervo periférico afetado. Caso não ocorra tratamento adequado por um Médico Veterinário o seu precioso animal poderá perder a inervação permanente levando a atrofia dos músculos da região, perda da sensibilidade ou resposta a qualquer estímulo e perda motora, seu cão não vai mais movimentar o membro. Se o animal tiver sorte a perda pode ser parcial, porém seu cão ou gato terá toda parte sensitiva e motora com déficits recuperando de 20 a 80% da função normal. Porém não se anime o prognóstico nem sempre é bom.
*Como eu posso tratar, quais as opções, tem cura?


 Sim! o Médico Veterinário pode tratar e recuperar dependendo do grau da extensão da lesão até 100% da função do nervo. Leve seu animal para especialistas como Fisioterapeutas Veterinários e Neuro-Ortopedistas Veterinários especializados em ‘’Microcirurgias de nervos’’ pois são os mais indicados. O tratamento envolve reconstrução do nervo por microcirurgia através de técnicas como tubulização do nervo, neurólises, neurorrafias e suturas utilizando fios de diâmetros 5-0 e 7-0. Há também a opção de enxertos de nervos, porém é controverso os resultados. Outra opção é o uso de células tronco que vem obtendo resultados muito bons. Aliás muitas áreas avançam com pesquisas de células tronco.


Porém o tratamento não se resolve com cirurgia somente. É agora que entra o Fisioterapeuta pois visa reabilitar o nervos, músculos que sofrem atrofia com a perda do estímulo e os ossos que sofrem remodelação pela perda ausência do movimento. Entre as técnicas usadas temos:

*Cinesioterapia: Consiste de exercícios passivos, alongamento e mobilização dos membros comprometidos visando manutenção da amplitude do movimento articular, prevenção de deformidades e reabilitar o trabalho muscular.
*Laser: Visa efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, estimulantes da microcirculação e do metabolismo.
*Eletroestimulação: Usa-se correntes galvânicas com uso diário de 20 minutos para minimizar ou retardar a perda do tecido muscular e estimular a função neurológica
Se gostou compartilhe com amigos e curta a página!!!
Referências Bibliográficas: PEDRO, Claudio Ronaldo; MIKAIL, Solange. Fisioterapia Veterinária. 2. ed. Barueri: Manole, 2009.
>Escrito por Adriano A. Martins< 
>Estudante de Medicina Veterinária<

COLEIRA HIGHTEC PARA SEU ANIMAL? JÁ OUVIU FALAR DA COLEIRA BUDDY?


Criada pela Empresa Australiana Squeaker, esta coleira super inteligente tem a proposta de monitorar seu cão 24 horas por dia e fornecer dados como rastreamento GPS, temperatura do animal, atividade de registro de exercícios físicos, calorias, frequência cardíaca, quantas horas seu animal dorme, scanner para saber se a alimentação está adequada, agenda sobre consultas veterinária, entre outras funções.
A coleira revolucionária tem espessura de 3cm com peso de 150g e vem com círculo de LED personalizável, Bluetooth, acelerômetro, proteção à prova d’água e sensores de luminosidade e temperatura. Ela também vem com uma caixa de carregamento sem fio por base Wi-Fi. A bateria da coleira Buddy promete durar 14 dias!!!
Para os que adquirirem a versão com GPS há um modo de ‘’cerca virtual’’, que te avisa se o seu bicho de estimação escapar ou for roubado. Assim, o dono pode monitorar a localização do cão em tempo real pelo celular.
A empresa fornece junto com a coleira o acesso a um aplicado para o celular que vai monitorar todas as informações citadas acimas sobre o seu animal. Porém não para por aí existe uma rede social para os que adquirirem o produto.Se os cães dos seus amigos também possuírem a coleira inteligente, os donos podem comparar estatísticas e visualizar onde eles estão!!!
Os desenvolvedores relataram que em pesquisa mais de seis milhões de cães são mortos todos os anos nas estradas e a principal causa é a falta de iluminação. Pelo aplicativo o usuário consegue customizar todos os efeitos aplicados no LED da coleira.
A coleira Buddy tem preço a partir de US$ 180 no modelo mais básico e US$ 250 na opção Buddy FIT. Se ficou interessado e quer comprar acesse o site: http://www.squeakerdogs.com/…/poochlight-illuminating-dog-c…. Eles entregam da Austrália para o mundo todo!
Se gostou compartilhe e ajude a página!! =]
FONTE DE REFERÊNCIA: http://www.techtudo.com.br/…/dispositivo-transforma-o-seu-c…
>Escrito por Adriano A. Martins<
>Estudante de Medicina Veterinária<

O MOSQUITO ‘’Aedes aegypti’’ TRANSMITE DIROFILARIOSE PARA HUMANOS E ANIMAIS VOCÊ SABE QUE SEU ANIMAL CORRE PERIGO?


A Dirofilariose é uma doença que é zoonose (doenças que podem ser transmitidas entre animais e o homem) e a SAÚDE PÚBLICA não tá nem aí pra ela porque os números que chegam a secretaria são baixos, porém realmente são baixos? é falha do sistema? é falha no diagnóstico pelos Veterinários? A resposta só Deus sabe!!!
Sobre a doença também conhecida como ‘’Verme do Coração’’ é causada por um nematódeo chamado Dirofilaria immitis que acomete o lado direito do coração (ventrículo direito), artéria pulmonar e pode até atingir os pulmões e a veia cava.
A transmissão ocorre pelos mosquitos do gênero Aedes, Anopheles e Culex. que transmitem também malária, dengue, zika, encefalites, chikungunya entre outros protozoários,nematóides e vírus. Os mosquitos ingerem as microfilárias ao mesmo tempo que ingerem o sangue do cão ou gato. Se o mosquito picar outro cão/gato, as larvas penetram no corpo do animal. 
Após a transmissão das larvas de dirofilária ao cão ou gato passam a migrar até às artérias pulmonares e ao coração, onde se desenvolvem até ao estado adulto, demorando este processo até cerca de 6 meses. Os cães e gatos doentes são o principal reservatório da dirofilariose e permitem a perpetuação da doença. Cerca de 10 a 15 dias depois da ingestão das microfilárias pelo mosquito se tornam larvas infectantes. As dirofilárias adultas podem medir entre 15 a 35 cm. 
Os sinais clínicos que seu animal vai apresentar é cardiopatia (cansaço, intolerância ao exercício, desmaios, etc), hipertensão da artéria pulmonar, sinais de doença respiratória (tosse, taquipnéia, dispnéia) causada por vermes, hipertensão da veia cava levando a ascite (cavidade abdominal com líquido), hepatomegalia e icterícia (animal fica com mucosas amarelas). Em altas infestações o animal vem a óbito, assim como o ser humano pode vir a óbito. 
O tratamento é a base de avermectinas porém só mata as microfilárias. Não há medicamento que mate os vermes adultos autorizado no Brasil, mas ele existe nos países cuja legislação permitir. O diagnóstico é através de um esfregaço sanguíneo, kit de sorologia ELISA, PCR ou necropsia.
Para você prevenir o seu animal basta manter a vermifugação em dia e usar inseticidas, repelentes e outras táticas para impedir que o mosquito se alimenta no seu animal.
Gostou? então compartilha com seus amigos e siga o Instagram @coisasdeveterinario.

VOCÊ SABE O QUE SÃO AS METILXANTINAS? SE NÃO, SAIBA QUE SEU ANIMAL CORRE PERIGO SE INGERIR ALIMENTOS OU LÍQUIDOS CONTENDO ESSAS SUBSTÂNCIAS!!!


Na medicina veterinária as principais metilxantinas são as teofilinas, cafeínas e teobromina (O FAMOSO CHOCOLATE). As fontes incluem remédios, pílulas, café, colas, chocolates entre outros. 
O chocolate de longe é o mais que mais chama atenção porque alguns donos não resistem e acabam oferecendo ao animal sem saber que é veneno!! Saiba que o chocolate ao leite contém 44mg/oz de teobromina , o semi doce 140mg/oz e o sem açúcar de 390 a 450 mg/oz. A dose tóxica para cães é de 100 a 150 mg/kg de teobromina. 
A dose letal da cafeína é de 110 a 175 mg/kg, já para teobromina é de 250 a 500 mg/kg, é o suficiente para causar morte súbita. Essas metilxantinas são metabolizadas pelo fígado e seus mecanismos de ação incluem antagonismo aos receptores de adenosina celular, inibição da fosfodiesterase, interferência com ingestão e estocagem de cálcio gerando contração muscular, relaxa músculos lisos, estimulam o SNC, aumenta a concentração de catecolaminas circulantes, aumentam a secreção de ácido pelo estômago e causam diurese. Os sinais clínicos que o seu animal vai apresentar são vômito, hiperatividade (cuidado podem agredir qualquer um), agitação, taquicardia, taquipnéia, ataxia, tremores, convulsões, arritmias e morte.
A recomendação é levar imediatamente ao veterinário, porém se você presenciou o animal se intoxicar pode ajudá-lo induzindo ao vômito (use água oxigenada, detergente de cozinha diluído ou sal) e em seguida compre cápsulas de carvão ativado na farmácia e dê para o animal porque age como quelante e neutralizante. Por fim corra ao veterinário mais próximo e relate o ocorrido!!
Compartilhe!! Siga nosso Instagram @coisasdeveterinario.
>Escrito por Adriano A. Martins<
>Estudante de Medicina Veterinária<